sexta-feira, 19 de junho de 2015

Transnordestina tem novo atraso e prazo para operar vai a 2018



Emblemática, quando o assunto se refere a obras atrasadas, a Ferrovia Nova Transnordestina teve seu cronograma esticado mais uma vez. A previsão, agora, é que a malha ferroviária só entrará em operação em 2018, ou seja 12 anos depois de seu lançamento. A notícia foi divulgada ontem, durante audiência pública da Comissão de Infraestrutura do Senado, que sabatinou Marcelo Bruto Correia e Carlos Fernando do Nascimento para o cargo de diretores da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O custo permanece em R$ 7,5 bilhões.De acordo com os futuros diretores, a ANTT está aprimorando o contrato de concessão da Transnordestina para o estabelecimento de um outro cronograma de obras e investimentos. Para cumprir o novo prazo, o diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – controladora da TLSA -, Ciro Gomes garantiu, em entrevista à imprensa cearense, que o ritmo nos canteiros dobrará nos próximos meses. Atualmente, a evolução das obras segue em 1% ao mês.

Os atrasos na execução das obras estão restringindo o repasse do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Segundo a assessoria de Imprensa da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), este ano não foi desembolsado nenhum valor para o projeto. As duas parcelas que deveriam ter sido depositadas na conta da TLSA em fevereiro e este mês somam R$ 811,3 milhões. “Antes de uma nova liberação é sempre necessário que a empresa comprove perante o agente operador do projeto, no caso o Banco do Nordeste do Brasil (BNB), a aplicação dos valores já liberados e o aporte dos recursos próprios correspondentes”, explicou a nota. Desde o início da obra já foram desembolsados pouco mais de R$ 3 bilhões do FDNE.

Na última segunda-feira, o superintendente da Sudene, José Marcio de Medeiros Maia, se reuniu com representantes da TLSA para rediscutir questões referentes aos recursos do FDNE e da possibilidade de se contar com outras fontes de financiamento. “Por fim, avaliou-se também a estratégia de buscar outros parceiros de financiamento”, informou Maia. A TLSA não quis comentar o assunto.

Lançada em 2006, a Trasnordestina deveria ter sido concluída em 2010, ao custo de R$ 4,5 bilhões.(Com informações da Folha de PE)

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