domingo, 21 de junho de 2015

Suspeito Preso Por Morte De 9 Pessoas Em Igreja Nos EUA Ganhou Arma De Aniversário

AP
Dylann Church é descrito como um jovem ‘doce, quieto e de poucos amigos’
Um jovem de 21 anos foi preso após ser considerado suspeito de ter matado nove pessoas em uma igreja em Charleston, no Estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.
A polícia afirma que Dylann Roof foi detido em uma blitz em Shelby, na Carolina do Norte. Segundo seu tio, ele teria ganho recentemente uma arma de presente de aniversário.
Na noite de quarta-feira, Roof teria participado por uma hora de uma sessão de estudos da Bíblia na Emanuel African Methodist Episcopal Church antes de disparar contra integrantes deste grupo.
A Emanuel African Methodist Episcopal Church é uma das mais antigas congregações negras dos Estados Unidos.
Denmark Vesey ─ um dos fundadores do templo ─ liderou uma revolta de escravos fracassada em 1822.
Seis mulheres e três homens, entre ele o pastor da igreja, o senador Clementa Pinckney, foram mortos. O caso é investigado pelo Departamento de Justiça americano como um crime de ódio.
O prefeito da cidade, Joe Riley, disse que o crime é “uma tragédia indescritível e desoladora em uma igreja histórica.”
“A única razão que pode levar alguém a entrar em uma igreja e matar pessoas rezando é o ódio. É um crime totalmente incompreensível. Mas vamos levar essa pessoa à Justiça o mais rápido possível.”

Arma Nova

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Parentes e amigos identificaram Roof em imagens de câmeras de segurança
Carson Cowles, tio de Roof, disse à agência de notícias Reuters que o rapaz ganhou uma arma de calibe .45 de seu pai recentemente.
Ele ainda afirmou ter tentado orientar seu sobrinho quanto o uso da arma, mas Roof não teria se demonstrado receptivo a esta proposta.
Na foto de seu perfil no Facebook, Roof aparece com uma jaqueta na qual se destacam as bandeiras da África do Sul e da antiga Rodésia, hoje conhecido como Zimbábue, de quando estes países ainda eram controlados por minorias brancas.
Richard Cohen, presidente da Southern Poverty Law Center, uma organização sem fins lucrativos de combate a crimes de ódio, em Montgomery, no Estado do Alabama, diz que Roof não era conhecido por sua organização.
Cohen afirma que ainda não está claro se o jovem tinha ligações com algum dos 16 grupos supremacistas atuantes na Carolina do Sul identificados por sua ONG.
Mas afirma que Roof parece ser um “supremacista branco” com base em sua página no Facebook.

‘Doce, Quieto E De Poucos Amigos’

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Jaqueta de Roof traz bandeiras de países africanos de quando eles eram controlados por minorias brancas
O perfil mostra que ele estudou na escola White Knoll High School, em Lexington, na Carolina do Sul, que fica a duas horas de carros de Charleston, e indica que ele mora na capital do Estado, Columbia.
Uma mulher que atendeu uma ligação feita pela Reuters para o celular que pertence a sua mãe, Amelia Roof, não quis comentar o assunto. “Nunca daremos entrevistas”, disse ela antes de desligar.
Uma amiga de infância de Roof, Joey Meek, alertou o FBI, a polícia federal americana, quando viu o moletom cinza usado pelo atirador, segundo a mãe da jovem, Kimberly Kozny.
Ela disse à agência de notícias Associated Press que Roof havia usado a mesma peça em visitas à sua casa nas últimas semanas.
“Não sei o que está passando pela cabeça dele”, afirmou Kozny. “Ele era um garoto muito doce e quieto e tinha pouco amigos.”

‘Tenho Que Fazer Isso’

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Caso investigado como ‘crime de ódio’ deixou nove vítimas
Segundo relatos, Roof também teria uma bandeira dos Estados confederados, um símbolo da guerra civil americana e considerada hoje um ícone de ódio racial no país.
Registros da Justiça da Carolina do Sul mostram que ele era acusado por porte de drogas e já havia sido preso por invasão de propriedade.
Policiais identificaram Roof após serem alertados por amigos e familiares, que afirmaram ter reconhecido o jovem em imagens de câmeras de segurança da igreja.
Autoridades haviam divulgado as imagens junto com um pedido de ajuda para encontrar o suspeito, que usava um moletom cinza, jeans azuis e botas.
A emissora NBC News entrevistou Sylvia Johnson, prima do pastor da igreja. Ela disse ter conversado com um dos sobreviventes.
Johnson contou ter ouvido que o atirador “recarregou a arma cinco vezes” e que ele teria dito às vítimas: “Tenho que fazer isso… Vocês estupram nossas mulheres e estão assumindo o controle do país e têm que desaparecer”.
http://www.bbc.com/…/06/150618_suspeito_crime_odio_igreja_rb

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