quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Jiboia, sucuri... Tem cobra gigante

 aí?

Você já ouviu alguma história sobre esses gigantes que trançam as mulheres? Com muitos metros de comprimento, capazes de devora-la.

Será que elas realmente existem no Brasil? Continue lendo e descubra o que é verdade e o que não passa de lenda!

A primeira espécie da nossa lista é a Boa constrictor, popularmente chamada de jiboia. Lendas antigas contam que existia, na Itália, uma imensa serpente chamada Boa – vem daí o nome do gênero das jiboias. 
Apesar disso, na natureza as jiboias não são grandes como a serpente lendária: geralmente chegam a dois ou três metros de comprimento. A maior jiboia já medida por cientistas tinha 4,45 metros.
O nome específico da jiboia dá uma dica sobre como esta serpente captura suas presas. Em latim, constrictor significa “constringir”, ou seja, “apertar em volta”. Quando uma jiboia está com fome, fica quietinha esperando alguma presa, como um gambá ou um rato, cruzar o seu caminho e… rá! Dá o bote e se enrola em volta da vítima, matando-a por asfixia e parada cardíaca.

Grande nadadora

Se você achou a jiboia grande, é porque não conhece as sucuris, que vivem nos rios da América do Sul. Elas pertencem ao gênero Eunectes, nome que significa “boa nadadora” em grego, em referência ao seu hábito aquático. No Brasil, ocorrem três espécies. Vamos conhecê-las?
A sucuri-de-Marajó, como o nome já diz, habita a ilha de Marajó e algumas outras regiões do Pará, do Amapá e da Guiana Francesa. É a mais rara e menor espécie de sucuri brasileira, medindo até três metros de comprimento.
Em 1924, o ornitólogo ítalo-americano Rodolphe Meyer de Schauensee capturou uma sucuri no Marajó e levou-a viva para o Jardim Zoológico da Filadélfia, nos Estados Unidos.
 Doze anos depois, a cobra foi identificada pelos pesquisadores Emmett Dunn e Roger Conant como uma espécie nova e ganhou o nome científico Eunectes deschauenseei em homenagem ao seu coletor.
Um pouco maior que a sucuri-de-Marajó e com um colorido bem diferente, a sucuri-amarela (Eunectes notaeus) chega aos quatro metros de comprimento. Ao identificá-la pela primeira vez como membro de uma nova espécie em 1862, o pesquisador norte-americano Edward Drinker Cope observou que suas escamas dorsais eram maiores e em menor número que as de outras sucuris. 
Essa diferença no tamanho das escamas fez Cope dar às sucuris-amarelas o nome específico notaeus, que significa “dorso” ou “costas” em grego.
O título de maior serpente vai para… Mas a maior de todas as espécies de sucuri e também maior serpente das Américas é a Eunectes murinus, conhecida como sucuri-verde. Ninguém sabe ao certo porque Carl Linné escolheu o nome murinus (“de rato” em latim) para esta espécie que ele descreveu em 1758.
 Talvez as peles e os exemplares preservados que Linné viu tivessem a cor de um rato; ou ele pode ter se inspirado nos relatos de viajantes que diziam que as sucuris comem grandes roedores como as pacas e capivaras – provavelmente nunca saberemos a resposta…
Agora, de uma coisa nós sabemos: é desta espécie que falam muitas histórias sobre serpentes gigantes de dez, 20 metros – até mais! – de comprimento. Só que a realidade é bem diferente. Não existe nenhum registro confiável de uma sucuri-verde tão grande.
  
As maiores sucuris-verdes já medidas por cientistas tinham entre sete e oito metros, e hoje em dia encontrar uma sucuri na natureza com mais de quatro metros não é nada fácil. Sorte para quem tem medo, azar para aqueles que, como eu, têm muita vontade de ver um gigante desses em seu hábitat natural!



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