90% dos matadouros do estado não têm condição de funcionamento. Dois já foram interditados no Sertão de Pernambuco
O matadouro público de São José do Egito, no Sertão do Pajeú, foi um dos interditados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). De acordo com o auditor fiscal Francisco Reginaldo, “o equipamento apresentava um quadro de grave e iminente risco, condição que pode causar acidente de trabalho, com lesão à integridade física dos trabalhadores” .
A grande dificuldade é a de atingir todos a tempo, mas o auditor garante visitar um matadouro por semana, pois 90% dos matadouros públicos de Pernambuco não têm condição de funcionamento e o número insuficiente para a atual realidade. Enquanto isso se corre risco de acidentes de trabalho e morte, a exemplo da explosão de caldeiras, como já ocorreu em outras épocas.
Ainda segundo o representante do MTE, entre as principais irregularidades encontradas no matadouro público de São José do Egito estão à falta de proteção nas plataformas de abate, instalações elétricas em condições precárias e sem o aterramento necessário, além de caldeira em operação sem a documentação legal necessária. Também não foi comprovado que o operador da caldeira estava legalmente habilitado, capacitado.
O matadouro poderá voltar a funcionar após a prefeitura realizar as adequações necessárias, mas a liberação está “condicionada a uma nova vistoria do MTE, que será solicitada pela prefeitura por meio de ofício específico.
Outro Matadouro Público interditado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de Caruaru; foi o de Tuparetama, também no Sertão do Pajeú. A interdição ocorreu após uma vistoria realizada na terça-feira (21), na qual foram identificadas situações irregulares quanto à segurança dos trabalhadores.
O prefeito de Tuparetama, Dêva Pessoa, disse que está ciente da situação, mas ainda não recebeu a notificação. “Eu soube informalmente que foram problemas na segurança dos trabalhadores. O próximo passo será contratar uma empresa especializada em consultoria de segurança do trabalho para ver como iremos corrigir os pontos que estavam errados”, ressaltou.
De acordo com o auditor regional do MTE, Francisco Reginaldo, o local estava em uma “situação grave de iminente risco” para os trabalhadores. Ele informou que as instalações elétricas do matadouro estavam danificadas e não havia equipamentos de segurança adequados para os marchantes que faziam uso da plataforma de abate dos bovinos. A caldeira do local estava irregular. Também foi identificado que o operador do equipamento não estava apto para realizar o serviço.
Conforme o MTE, o matadouro só poderá voltar a funcionar quando o gestor público do município corrigir as irregularidades do local. Quando esta medida for tomada, deverá ser solicitada – por meio de ofício – uma nova vistoria ao Ministério do Trabalho e Emprego, segundo informou Francisco Reginaldo.
Embora ainda não tenha sido interditado, o matadouro público de Serra Talhada é exemplo de falta de higiene. As carnes dos animais abatidos ficam bem próximas da bacia sanitária imunda, telhas de aranhas, paredes ensanguentadas e materiais plásticos desprovidos de qualquer limpeza.
Uma senhora responsável pela limpeza do aparelho público, disse faltar material de limpeza e condições adequadas de trabalho, tais como: proteção, jatos de água e materiais de limpeza adequados para o manuseio de carne. A falta de EPI’s e as condições precárias de abatimento e transporte da carne até o açougue são primárias, a velha F-4000 estilo baú, sem câmera fria e outros apetrechos essenciais para se entregar um produto de qualidade aos consumidores continua há anos sendo usado. Segundo o abatedouro tem um faturamento de aproximadamente mais de R$ 20 mil reais segundo algumas informações do vereador Leirson Magalhães (PSB), que em outra oportunidade expôs o assunto na imprensa.
Os moradores reclamam do mau cheiro e da sujeira acumulada. Infelizmente o Matadouro se encontra em uma área escondida da população onde poucos tem acesso. As informações são do jornalista Luiz Carlos.
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