Pernambuco: Jornal do Comercio diz que o Governador disse: "apertem os cintos porque o dinheiro sumiu".
GOVERNADOR MANDA FAZENDA AVISAR A SECRETÁRIOS QUE SEGUNDO SEMESTRE VAI SER DE SUFOCO
Fernando Castilho
NE10
Com a redução de todas as expectativas em termos de arrecadação onde o ICMS – que é responsável por 70% de todo o bolo arrecadado – no primeiro semestre teve um crescimento nominal de apenas 2% sobre junho de 2014, o Governador Paulo Câmara autorizou a secretaria da Fazenda a informar ao demais secretários que apertem os cintos porque o dinheiro sumiu.
O governador está concentrando na Comissão de Programação Financeiro, um grupo que reúne várias secretarias e que foi reformulado no Governo Eduardo Campos para gerenciar o caixa de forma a maximizar o uso das verbas em caixa de forma a que o dinheiro “rodasse” o mais rápido possível e servisse para irrigar o maior volume de obras, numa especie de Central de Liberação de verbas em tempos de crise.
Ela deve funcionar sob o comando do secretário Márcio Stefanni no sentido inverso dos tempos do caixa turbinado aonde o chefe era o próprio Paulo Câmara. O que foi feito para fazer o dinheiro girar e aumentar o volume de obras e investimentos no padrão Eduardo Campos agora vai servir para soltar o que for extremamente necessário.
Foi da CPF que saiu a decisão de antecipar o pagamento de metade do 13º salario, um dinheiro que o governo do Estado estava guardando mês a mês a para pagar o benefício aos servidores em novembro como tradicionalmente Eduardo Campos sempre fez nos seus dois governos.
De fato, não fazia sentido manter aqueles R$ 350 milhões parados esperando o Natal quando a pressão pelos gastos estão se ampliando. Assim, sem o dinheiro provisionado do primeiro semestre acabou a pressão para usá-lo temporariamente com outras necessidades.
A conversa no governo agora vai será pagar o que não pode deixar de pago. Os investimentos vão continua na medida em que o dinheiro for chegando. Ou seja: vão cair muito.
O problema que o volume de vendas no comercio está caindo. Praticamente todos os setores que a Fazenda monitora de perto tiveram queda expressivas no primeiro semestre. No final das contas o que ajudou foi o aumento do consumo industrial no quadro geral. Como uma boa parte das indústrias está entrando em operação-ainda que não produzindo a plena carga-houve aumento de consumo e energia. Não foi nenhuma coisa excepcional mas ajudou.
O problema é que a Celpe que aumentou a tarifa também está tendo problemas para repassar o ICMS para o governo pois aumentou muito a inadimplência.
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