Danos provocados pelo aquecimento global podem ser irreversíveis
Temperatura média da Terra aumentou 0,85% entre 1880 e 2012.
Mudanças já começaram, mas o pior está por vir, segundo relatório.
As Nações Unidas afirmaram que os danos provocados pelo aquecimento global na Terra podem ser irreversíveis. Entretanto, se a gente cuidar melhor do planeta pode evitar esse desequilíbrio ambiental. O relatório faz constatações dramáticas, mas dá esperanças e apresenta saídas para conter o aquecimento global.
Segundo o novo estudo do IPCC, a sigla em inglês do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, a temperatura média da superfície da Terra aumentou 0,85% entre 1880 e 2012. Para o IPCC, não há dúvidas de que o principal agente é o homem e só há um jeito de evitar que essas pequenas elevações de temperatura comprometam o futuro do planeta: acabar, até o fim deste século, com a nossa dependência de petróleo e outros combustíveis poluentes.
Mudanças nos períodos de chuvas, derretimento das geleiras, aumento no nível dos oceanos. Segundo o relatório, as mudanças já começaram, mas o pior está por vir: há 66% de chances de a temperatura global subir mais dois graus até 2100. Isso provocaria o aumento do nível dos oceanos em 82 centímetros, fazendo calotas polares desaparecem e algumas regiões litorâneas submergirem. O calor prejudicaria as safras de alimentos, provocaria migrações e conflitos.
Apesar de alguns cientistas dizerem que esse aumento de temperatura é uma fase natural do planeta, o IPCC afirma que não há mais dúvidas: o principal responsável é o homem. O organismo, subordinado às Nações Unidas, apresentou o relatório na Dinamarca. Este ó quinto divulgado pelo IPCC desde 1990, e o mais ambicioso - 30 mil trabalhos científicos foram analisados e apontam na mesma direção: é preciso fazer algo já.
"Nós temos uma janela de oportunidade muito pequena. A comunidade global precisa ver esses números e mostrar disposição em mudar", disse o presidente do IPCC Rajendra Pachauri. A saída, segundo o relatório, é começar imediatamente a investir em novas formas de energia, para substituir o petróleo, o gás e o carvão.
Uma das dificuldades é que países em desenvolvimento, como a China, se recusam a aceitar metas de redução de gás carbônico porque temem que isso afete suas economias. "A boa notícia é que se agirmos imediatamente e de forma decisiva, temos os meios de construir um mundo melhor e mais sustentável", declarou o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.
Em setembro, 120 líderes mundiais se reunirão em Nova York para discutir as mudanças climáticas. Será a chance de começar a mudança. Segundo os cientistas, antes que seja tarde
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