segunda-feira, 27 de outubro de 2014

FERNANDO HENRIQUE CRITICA LULA E DIZ QUE “CLASSE MÉDIA TAMBÉM É POVO”

 SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste domingo, após votar em São Paulo, que o país revive neste segundo turno o clima do movimento “Diretas Já”. Ele afirmou ainda que a classe média também é “povo” ao comentar os atos de apoio à candidatura de Aécio Neves nos últimos dias organizados pelas redes sociais. O tucano voltou a criticar a postura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e avaliou que o seu sucessor sairá desta eleição menor do entrou.
 “No Largo da Batata (local em São Paulo onde foi localizado ato pró-Aécio na última quarta-feira), senti o mesmo ânimo cívico que eu vi nas ‘Diretas Já’. Muita gente na rua, mas alguns disseram que é classe média. Ora, classe média é povo também, 70% dos eleitores do Aécio ganham até três salários mínimos. Essa tentativa de tentar dividir o país por classe não é aceitável”, afirmou Fernando Henrique, em entrevista ao deixar o Colégio Sion, no bairro de Higienópolis, onde mora.
 Mais uma vez, o ex-presidente fez críticas ao comportamento de Lula. O tucano respondeu a uma declaração do petista que o acusou de não querer que os pobres fossem educados.
 “Lula tem obsessão de ensinar errado ao Brasil que é bom não estudar. Não, o bom é estudar. O Lula faz isso por falsa esperteza. São essas pequenas infâmias do Lula que estão degastadas. Ele era maior do que é”.
 Fernando Henrique disse ainda que a presidente Dilma Rousseff blefa ao se referir a escândalos ocorridos na gestão do tucano na Presidência (1995-2002). Ele apresentou a sua defesa sobre os casos Sivam, Pasta Rosa e a compra de votos para aprovar a emenda da reeleição, citados pela candidata do PT nos debates do segundo turno.
 “Tudo é blefe. A Dilma não sabe do que está falando”.
 O ex-presidente afirmou também que está otimista com a vitória de Aécio e foi bastante assediado no percurso a pé de sua casa até o local de votação. Para Fernando Henrique, o candidato do PSDB é favorito, mas adiantou que, mesmo se perder a eleição, o partido sairá mais forte e vigoroso.
 “O PSDB sai desta campanha, mesmo que não ganhe e eu acho que vai ganhar, muito bem. Chegou até o fim pondo em risco toda essa máquina poderosa que está montada. Continuará sendo forte e vigoroso”.

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